Publicado em: 24/08/2021
Escola Politécnica da UFRJ
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Em sua quinta participação na RoboSub, competição internacional de veículos autônomos submarinos – AUVs, a UFRJ Nautilus conquistou o 3º lugar na prova de “Paper Técnico” e boas colocações em outras três. A equipe formada por alunos da Escola Politécnica da UFRJ alcançou o 5º lugar no projeto de site, 6º em “Propulsion System”, e 14º em “Hull Design”. No total, a Nautilus conquistou US$ 500 em premiações.
Veículo autônomo submarino desenvolvido pela equipe UFRJ Nautilus
“Foi uma das competições mais difíceis em termos de escrever o paper técnico, porém com bastante organização, planejamento e esforço, nós conseguimos atingir o melhor resultado da equipe desde que foi criada. Estamos felizes e vamos trabalhar ainda mais para que nossa trajetória seja sempre de ascensão e ano que vem a gente possa chegar a resultados melhores”, avaliou Lara Figueiredo, capitã da UFRJ Nautilus.
Originalmente realizada presencialmente em San Diego, nos Estados Unidos, a competição apresentou aos participantes desafios enfrentados pela indústria marítima subaquática, como exploração oceanográfica e mapeamento, detecção e manipulação de objetos e identificação e rastreamento de dutos. Todas as provas desta edição foram realizadas de forma remota, em razão da pandemia, o que trouxe desafios para equipe e adoção de novas estratégicas.
Lara Figueiredo, capitã da UFRJ Nautilus
“Durante a competição, a maioria dos desafios que enfrentamos foi relacionada ao cenário atual da pandemia. Enquanto várias outras equipes podiam sair e se reunir para testar seus projetos, nós só tínhamos como nos comunicar online. Por isso, tivemos que focar mais do que nunca em chegar na “teoria perfeita”, até para poder minimizar a probabilidade de erro quando for possível montar o AUV realmente”, contou Lara, que contou com orientação do professor Claudio Miceli, do NCE/UFRJ.
A competição envolveu 53 equipes de 14 países, entre os quais EUA, Rússia, Índia e Canadá, competindo com uma ou mais equipes. A Robosub chegou a sua 23ª edição e esta foi a primeira que contou com outras equipes brasileiras além da Nautilus UFRJ. Participaram equipes da UFSC e da Unifei.
Publicado em: 17/08/2021
Escola Politécnica da UFRJ
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A equipe foi desafiada a projetar um edifício de uso misto com 50 pavimentos, a ser construído na Av. Paulista, em São Paulo
A equipe Minerva Civil, formada por alunos de Engenharia Civil da Escola Politécnica da UFRJ, conquistou o 1º lugar no 3º Concurso do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), cujo tema para este ano foi “Edifício de múltiplos andares de uso misto”. Na edição passada desta competição nacional, também realizada de forma remota como esta, a equipe havia conquistado o segundo lugar. O pódio completo contou com a presença da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (2º lugar) e da Universidade Federal de Lavras (3º lugar).
A equipe foi desafiada a projetar um edifício de uso misto com 50 pavimentos, a ser construído na Av. Paulista, em São Paulo. Para Vinicius Augusto, líder do projeto e aluno do 5º período, uma das grandes dificuldades de se projetar um edifício desse porte é garantir a sua resistência aos esforços do vento. “Para isso, adotamos um núcleo rígido em concreto armado, tirando proveito das paredes das caixas dos elevadores e das escadas de incêndio”, destacou Vinícius, que contou com a orientação da professora Michèle Pfeil do Departamento de Estruturas.
Segundo o futuro engenheiro, a maior parte da estrutura foi concebida em estrutura metálica, conforme a proposta da banca. Com isso, buscou-se reduzir o número de pilares no edifício e propor uma obra eficiente, econômica e rápida.
“Extrapolando o projeto estrutural, tivemos uma preocupação com a concepção arquitetônica do edifício. Aprofundamos os usos da construção e realizamos uma concepção de projeto baseada em trazer mais vida e cores à região, sobretudo devido ao fato de que, se o edifício fosse efetivamente construído, seria um dos mais altos de São Paulo. Esse conceito se materializou na adoção de fachadas com painéis coloridos e de uma grande praça com telhado verde e espelhos d’água no terraço do embasamento”, ressaltou Vinícius.
Orgulhosa com o desempenho da Minerva Civil, a capitã Izabela Moura destacou a evolução da equipe desde a primeira edição do concurso: “Na primeira edição, em 2018, fomos finalistas. Já na segunda, em 2020, conseguimos alcançar o segundo lugar, e agora, coroamos esse processo de evolução, atingindo a primeira colocação em uma competição que envolve escolas de engenharia de todo o país”.
“A equipe demonstrou excepcional motivação na busca de soluções inovadoras e ousadas que permitissem superar os limites impostos por aspectos de configuração espacial, fabricação e montagem de estruturas de aço, além de surpreendente capacidade de aprendizado e realização. O projeto elaborado revela o profissionalismo dos integrantes da equipe ao abranger arquitetura, engenharia de projetos e construção de forma coordenada, e primar pela apresentação gráfica do material”, avaliou a professora Michèle Pfeil.
A equipe recebeu o prêmio de R$ 8 mil e receberá as principais publicações do CBCA de forma gratuita. Garantiu inscrições gratuitas nos cursos online da entidade e participação, sob a responsabilidade do CBCA, no 24º Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural (ENECE 2021), importante evento promovido anualmente pela Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE); e receberá também dois kits mola, que poderão ser expostos na biblioteca para a utilização dos alunos.
Publicado em: 11/08/2021
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O site da Escola Politécnica da UFRJ foi reformulado e está de cara nova. A ideia é melhorar a experiência do usuário na plataforma, facilitando a localização das informações e serviços mais relevantes, com tecnologias modernas e novas funcionalidades. Além disso, o novo site conta com espaços exclusivos para estudantes, técnicos e docentes, e respeita todas as exigências da Lei de Acesso à Informação e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
“Foi uma atualização estética que melhora a legibilidade do site de um modo geral, além de incorporar a nova programação visual da Politécnica”, aponta o vice-diretor da Politécnica-UFRJ, prof. Vinícius Cardoso, responsável pelo grupo de trabalho instituído para conceber e implantar o novo site, composto pela Coordenadoria de Comunicação (CoordCom), pelo Setor de Tecnologia da Informação (STI), e pela Piloti, empresa de desenvolvimento do portal.
Além da repaginada do layout do site, o vice-diretor destaca a mudança no seu conceito de organização, migrando de um princípio de organização temático e organizacional para uma orientação voltada a serviços. “Em vez de expor as informações, conforme nossa própria estrutura organizacional as detêm, passamos a expô-las de acordo com o uso que se pretende dar a elas, ou seja, conforme o serviço que elas podem prestar aos usuários”.
O vice-diretor explica que a partir de agora o site conta com uma evidente simplificação das páginas, a começar pela página principal (homepage). “O volume e variedade de informações foi intencionalmente reduzido, dando agilidade no carregamento e na absorção do conteúdo, promovendo uma experiência mais leve e ágil aos usuários, sem aumentar necessariamente o número de cliques necessários para chegar ao que de fato lhe interessa”.
Transparência da informação
Novas opções foram incluídas na barra de menu do site, entre elas a do Governo Federal, o link para a Ouvidoria da UFRJ (hoje integrada ao Fala.BR da CGU), e um FAQ (perguntas mais frequentes), além de um sistema de atendimento virtual unificado e com controle automático de ticket, que dará maior agilidade e transparência no atendimento em si, e nos indicadores de eficiência do atendimento.
“Percebemos que a transparência ativa vai além de um mero cumprimento de regras, tratando-se na verdade de uma postura permanente, de uma atitude de revelar antecipadamente tudo que possa ser do interesse público, sem ofender ou impor risco a particulares ou ao serviço público. A partir da compreensão da necessidade desse comportamento proativo, ficou mais fácil definir o que deveria ou não entrar no site em termos de conteúdo”, analisa o vice-diretor.
Publicado em: 11/08/2021
Escola Politécnica da UFRJ
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No alto, partir da esquerda: Izabella Gatto, Wytalo Sobrinho, Emmanuele Chiote e Suzan Trabulsi. Embaixo, a partir da esquerda: Remi Dupuis, Gabriela Sales e Pedro Saback
Em junho do ano passado, um grupo de alunos da Produção começou uma mobilização para criar oficialmente a Confraria Acadêmica da Engenharia de Produção (CAEP) – o que aconteceu em novembro. Segundo os integrantes da chapa “Um novo começo”, não foi fácil mobilizar o corpo discente em meio à pandemia. Mas um dos objetivos da CAEP é justamente aproximar e integrar os alunos e contribuir para criar um senso de pertencimento deles em relação ao curso, como assinala o presidente Remi Dupuis.
Atualmente a confraria da Engenharia de Produção conta com ele na presidência, Suzan Trabulsi, na vice-presidência e um time de quatro assessores que se distribuem na atuação relativa às diretorias Acadêmica, Carreira e Empreendedorismo, Imagem e Comunicação, Inclusão e Eventos e Patrimônio e Finanças. Na entrevista a seguir, os integrantes da CAEP falam sobre o trabalho em desenvolvimento.
A CAEP foi criada oficialmente em novembro em plena pandemia, quais foram as motivações?
Izabella Gatto: Observou-se a vacância existente no relacionamento entre os alunos e os professores, departamento e instância superiores. Por isso, foi estudada a possibilidade de trazer de volta a confraria, que há alguns anos existiu na Engenharia de Produção. Mapeou-se os alunos que tinham interesse em participar e fez-se uma organização de cargos entre eles. Elaborou-se o estatuto da organização, que foi apresentado aos professores, representantes de outras confrarias e ex-alunos. Tendo a aprovação de todos, foi feita a Cerimônia de Oficialização da CAEP.
Remi Dupuis: Complementando o que a Izabella disse, queria ressaltar que aproximar mais os alunos entre si e criar um senso de pertencimento com o curso foram motivos para muitos ajudarem a CAEP.
Gabriela Sales: Os alunos que ingressam na faculdade costumam manter um maior contato com aqueles que entraram no mesmo SISU. Um dos objetivos era provocar a unidade do curso como um todo, conectando os alunos de vários períodos, incentivando a troca de experiências. Também percebemos que com a entrada de calouros no meio da pandemia, eles ficariam ainda mais perdidos com a quantidade de informações novas.
Suzan Trabulsi: E sempre pensando em contribuir de alguma forma para a excelência acadêmica do curso, o pilar acadêmico é forte na CAEP.
Já houve representações de alunos da Produção, confrarias informais em outras épocas. Por que só recentemente foi formalizada?
Remi: O fato de ser uma iniciativa oficial não nos garante tantas vantagens assim. Acredito que preferiram, com razão, concentrar seus esforços na execução de outros projetos. No nosso caso, a oficialização serviu para dar mais estrutura à CAEP. Pois com ela, vem uma responsabilidade junto ao curso, que faz com que não abandonemos a ideia facilmente.
Suzan: A nossa busca por uma formalização foi bem em linha com o aprendizado tido com os fundadores iniciais que focaram muito seus esforços no “hoje” e como melhorar o curso, uma visão de curto prazo. E nós estamos buscando garantir a longevidade primeiro, com uma visão de médio prazo, para posteriormente pensarmos no “hoje”.
Como foi mobilizar os alunos para uma eleição no contexto da pandemia?
Remi: Foi bastante difícil. Muitos de nós nunca tinha se visto presencialmente e, além disso, a maioria estava bem sobrecarregada com o encurtamento dos períodos letivos para 12 semanas.
Suzan: Além disso, havia a dificuldade de mobilização por meios virtuais. Então, como apresentar a proposta da chapa e mobilizar os colegas de curso na votação?
Como é a divisão das responsabilidades na prática dentro da confraria? Além da diretoria há alunos que participam sem terem sido eleitos?
Remi: Na prática, para nossa gestão, o sistema de diretorias não foi efetivo. Assim, aprendemos a dividir nossas ações em projetos que diferentes membros executam sem passar pela “hierarquia” das diretorias.
Suzan: Esse formato reduziu a verticalização da confraria e vem nos possibilitando maior agilidade e qualidade na execução.
Um dos objetivos da CAEP é fazer uma ponte da faculdade com o mercado de trabalho?
Remi: Queremos ser mais ativos, mas o que temos feito é falar um pouco sobre as diferentes áreas da Engenharia de Produção para os calouros e, futuramente, pretendemos tentar aproximar o curso de tecnologia e programação, a partir da promoção de pequenos hackathons.
Suzan: Esse pilar é importante para os alunos da Engenharia de Produção, mas esbarramos em dificuldades do período remoto.
Como atuam em prol da diversidade e inclusão?
Wytalo de Oliveira Sobrinho: A área de diversidade e inclusão começou tendo como objetivos principais informar sobre assuntos que não são tratados habitualmente e também acolher a maior variedade de nichos, para gerar a sensação de pertencimento nos alunos. Atualmente temos dois membros voltados ativamente na execução do projeto, mas as ideias são compartilhadas por mais membros para que a criatividade não fique restringida à uma dupla. Por ser recente, as publicações nas redes sociais têm tido um feedback baixo, porém crescente, que com o tempo e a divulgação correta tende a aumentar.
Suzan: Acho importante falarmos um pouco do surgimento da frente. Em um curso de engenharia no qual tais pautas sociais são pouco debatidas, mas que são exigidas no mercado de trabalho, é importante o desenvolvimento de tais competências. Então, pensando nisso, criamos essa frente de conteúdo.
O que é mais delicado ou difícil neste momento para o corpo discente da Produção?
Emanuelle Chiote: Considero a socialização como o aspecto mais delicado para nós, porque é bem mais difícil criarmos laços de amizade e integração geral nas turmas já que não estamos próximos fisicamente. Além disso, o espaço da aula on-line não permite que o professor conheça cada um de seus alunos propriamente e por não haver momentos descontraídos, onde a conversa vá além do assunto da matéria, a relação entre os estudantes e professores é distante. Dessa forma, a comunicação entre as duas partes é dificultada, o que prejudica o processo de aprendizado. O que considero estar sendo mais difícil para a maioria é lidar com a enorme quantidade de atividades e aulas assíncronas vinculadas às disciplinas, que junto às aulas síncronas somam uma carga horária pesada.
Acreditam que precisam dar atenção especial aos calouros que ingressaram durante a pandemia?
Remi: Sim, é um dos nossos maiores desafios e preocupações.
Suzan: Se não atuarmos no acolhimento e onboarding, a taxa de evasão tenderá a aumentar e não estaríamos contribuindo para a missão da Escola Politécnica da UFRJ de formar excelentes profissionais.
E em relação aos veteranos, quais são as reivindicações do momento?
Remi: Há muitas queixas e dúvidas sobre a burocracia, dificuldade de conseguir vagas nas disciplinas. Além disso, nas questões mais políticas como a nova resolução de estágio ou regras sobre o ensino remoto, a CAEP busca entender a situação do curso para melhor representá-lo junto ao CAEng e outras instituições ou grupos.
Como tem sido a comunicação com o corpo discente? Estão interagindo bem com vocês?
Remi: Utilizamos o WhatsApp e o Instagram como principais meios de comunicação. Acredito que a maioria já conhece a CAEP, pois frequentemente me procuram com alguma dúvida ou problema. Três a quatro vezes na semana, pelo menos.
Algum aspecto do curso está mais sacrificado em função da pandemia?
Suzan: A Engenharia de Produção sempre se destacou pela grande formação fora da sala de aula com os trabalhos de campo e, naturalmente, com a pandemia esses trabalhos foram modificados, havendo uma menor carga prática do conteúdo.
Acreditam que a experiência desses períodos com aulas remotas pode contribuir positivamente para formação de vocês?
Remi: Ainda não vejo pontos positivos do ensino remoto pensando no longo prazo.
Suzan: Acho que com a pandemia tivemos que nos reinventar, descobrir um novo modelo de estudo no ambiente residencial, a lidar e evitar distrações assistindo às aulas no ambiente doméstico. E como engenheiros temos que pensar em como resolver problemas e sair da zona de conforto. Certamente a pandemia vem sendo um primeiro teste para tal.
Já tinham participado de alguma entidade de representação estudantil antes? O que os motivou e o que esperam da experiência à frente da CAEP?
Remi: Estou no 5° período e antes da CAEP fiz uma iniciação científica, monitoria e atuei na Fluxo Consultoria. O que mais me motivou a criar a CAEP foi poder devolver algo concreto para o curso e à UFRJ, ajudando os alunos e, principalmente, aproximando os alunos entre si para criar um senso de comunidade mais forte no curso.
Suzan: Estou no 7° período, também fiz uma iniciação científica e atuei no UFRJ Consulting Club. O que mais me motivou a criar a CAEP foi a oportunidade de contribuir ativamente para a melhoria do ecossistema do curso de Engenharia de Produção da UFRJ, além da liderança naturalmente desenvolvida com a responsabilidade da vice-presidência.
Quando será a próxima eleição? Até quando vocês ficam à frente da confraria? Estão se movimentando em relação a isso?
Gabriela: O período de atuação da gestão atual se encerra em outubro e após teremos novas eleições. Estamos buscando analisar quem demonstra interesse de continuar à frente da equipe e incentivar a entrada de novos membros.
Publicado em: 11/08/2021
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Os cursos de pós-graduação lato sensu, especializações e MBA´s, da Escola Politécnica da UFRJ agora têm um site próprio, onde estão apresentados o objetivo, público-alvo, programa, metodologia, diferenciais, entre outras informações sobre cada um dos cerca de 30 cursos – boa parte com turmas abertas. O site é moderno e responsivo (mobile friendly) e os cursos ganharam páginas específicas com canais de comunicação que incluem a opção de contato direto com as coordenações via WhatsApp.
O site foi desenvolvido pela Caribe Comunicação, responsável também por uma campanha de marketing digital dos cursos. Segundo a diretora da Politécnica-UFRJ, Cláudia Morgado, em função da pandemia da Covid-19 tornou-se necessária a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu de forma remota, e se constituiu na oportunidade de levar a formação profissional de qualidade da Politécnica a um público bem maior.
“Melhoramos a forma de comunicação e apresentação dos cursos aos interessados. Estamos ampliando a divulgação da oferta de cursos com aulas on-line ao vivo, de forma síncrona, e todos cursos estão passando por reformulações para atender às exigências do CEPG da modalidade não presencial”, explica.
Os cursos pós-graduação lato sensu da Politécnica-UFRJ são muito valorizados no mercado e contribuem para a formação de especialistas, para aumentar a empregabilidade e melhoria da renda dos graduados.
O endereço do site dos cursos de pós-graduação lato sensu da Escola Politécnica da UFRJ é https://cursos.poli.ufrj.br/
Publicado em: 11/08/2021
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No alto, a partir da esquerda: Pedro Bomfim, Larissa Fonseca, Amanda Gomes, Eduardo Brum e Kelen Barcelos. Embaixo, a partir da esquerda: Milena Gonçalves, Jorge Lucas, Luiz Felipe Faria, Lara Castro e Maria Paula Nascimento
A Confraria Acadêmica da Engenharia Metalúrgica e de Materiais (CAMM) apresenta o diferencial de ser uma representação discente comum a dois cursos. Engenharias que formavam uma única graduação no passado e desde 2010 são cursos distintos na Politécnica-UFRJ. Mas os currículos desses cursos têm tantas matérias em comum que contam com um departamento único, o que justifica também a representação estudantil conjunta. Inclusive, uma das conquistas da CAMM foi a possibilidade de duplo diploma, que vigora desde 2017, para quem cursar os créditos dos dois cursos, tendo de cumprir apenas um estágio e apresentar só um projeto de fim de curso.
Na entrevista a seguir, três integrantes falam sobre a atuação da confraria, com destaque para a interação de alunos e professores a partir de avaliação e feedbacks dos primeiros sobre os cursos e para o Programa de Apadrinhamento.
Quando a CAMM foi criada e como funciona?
Milena Gonçalves: Foi criada em 2013, porém começou realmente a funcionar em 2016. A chapa atual foi eleita no final de 2020, mas conta com membros que estão na confraria desde seu início e também membros que entraram na atual gestão. Apesar da divisão de cargos, trabalhamos com um modelo mais próximo da autogestão, onde os cargos não são tão relevantes e as tarefas são distribuídas de acordo com a afinidade e disponibilidade dos membros. (A composição da confraria está no final da entrevista.)
Parte do time que está à frente da CAMM entrou no contexto da pandemia e alguns vieram de gestões anteriores, como você. Do que sente mais falta para o trabalho da confraria?
Milena Gonçalves: Temos cinco integrantes que estão há alguns anos na CAMM e seis que entraram no fim do ano passado. Eu sou uma das que já tem alguns anos de casa e com certeza a maior diferença está na interação com os alunos e professores. No período presencial conseguimos encontrar diariamente com todos nos corredores e o trabalho acabava sendo facilitado por isso, a difusão de informação era muito mais rápida. Além disso, a integração presencial é especialmente importante para os calouros.
Dá para identificar algum aspecto positivo neste período de pandemia?
Pedro Bomfim: A pandemia traz consigo um ar paradoxal aos nossos relacionamentos. Por um certo ângulo, os alunos têm convivido muito mais entre si, através de videochamadas e mensagens, tanto durante as aulas como também em estudos ou na realização de trabalhos e atividades extras. Por outro lado, a ausência de contato presencial dificulta a formação de vínculos em atividades de lazer ou do cotidiano. Não há mais conversas de corredor, pausas durante as aulas para tomar um café, jogos de sinuca depois do almoço ou conversa nos coletivos a caminho de casa. De certa forma, é possível observar um estreitamento de laços entre os alunos de períodos próximos, ou que estão cursando as mesmas disciplinas, ao mesmo tempo em que ocorre um afastamento mais intenso entre os de períodos distantes.
A CAMM está dando bastante ênfase para avaliação do curso ao final de cada período. Como tem sido esse processo?
Pedro: A ideia partiu inicialmente de um grupo de professores na primeira reunião de colegiado após o fim de 2020.1. Os professores estavam compartilhando entre si suas experiências pedagógicas e diferentes métodos utilizados nos períodos remotos quando perceberam que essa troca não faria muito sentido sem também algum tipo de devolutiva da parte dos alunos. A CAMM (que possui um membro representante no colegiado) prontamente se ofereceu para ajudar e dessa forma surgiu a iniciativa da coleta de feedbacks semestrais.
Inclusive, nas redes sociais, há dicas de como deve ser o tom do feedback.
Larissa Fonseca: Sim, as dicas para o feedback são para que não haja muita distorção das palavras dos alunos e elas sejam apresentadas na íntegra para os professores, mas também sem desrespeitar o professor e de uma maneira que o feedback seja efetivo, gerando uma mudança ou continuidade da ação tomada. O feedback geral é apresentado normalmente numa reunião de colegiado e comentários específicos sobre cada professor são enviados para cada um, via e-mail.
Pedro: A Larissa descreveu bem a importância da estruturação das proposições dos alunos, visto que elas são entregues na íntegra e de forma anônima. Os dados gerais coletados via Google Forms são utilizados para montar uma apresentação, com margem para interpretações tanto da parte dos alunos como dos professores. Já os feedbacks individuais dos docentes (positivos e negativos) são enviados via e-mail individualmente, para evitar qualquer tipo de constrangimento. Destacamos durante a apresentação como “menções honrosas” os comentários bastante positivos de alunos, numa tentativa de exaltar o bom trabalho de alguns professores e motivar outros.
Algum exemplo de efetividade das apresentações das avaliações e dos feedbacks individuais no dia a dia dos cursos?
Pedro: Uma queixa muito frequente da parte dos alunos era em relação à falta de organização de certas disciplinas, com a matéria não necessariamente bem dividida e aulas que iam até o último dia do período, ou até um pouco adiante. Em 2020.2 ouvimos relatos de alguns professores que apresentaram cronogramas completos no início do semestre, tentando atender essa necessidade.
Podemos dizer que alunos e professores têm feito esforço para superar desafios das aulas remotas?
Pedro: Como mencionei anteriormente ao falar de feedbacks, nós separamos os elogios para professores que fazem um trabalho excepcional nos períodos remotos e não são poucos. Tivemos desde professores que não possuíam ou tinham pouquíssimo contato com plataformas digitais se reinventando para dar aula, como também professores dando aulas extremamente integradas e bem montadas, com direito a gravações de aulas práticas de laboratório. Vale destacar também o esforço de alguns em tentar sempre ter uma abordagem mais humana durante a pandemia, visto que este tem sido um momento bem difícil para todos. Da parte dos alunos, podemos orgulhosamente falar da movimentação do nosso servidor semioficial da Metalmat no Discord, sempre com trocas muito interessantes via chat ou com salas de estudo de áudio ativas e preenchidas.
O Programa de Apadrinhamento também é uma iniciativa valorizada por vocês, como funciona?
Pedro: Anualmente a CAMM organiza uma cerimônia de apadrinhamento, onde calouros podem escolher um veterano para se tornar seu “padrinho acadêmico”. O padrinho é responsável por acompanhar e realizar uma tutoria, ajudando o aluno mais novo a conhecer melhor a faculdade, se integrar ao departamento e também dar dicas valiosas que só a experiência é capaz de proporcionar.
Poderiam dar um exemplo de estudante apadrinhado? Vocês têm uma experiência de como foi útil ter sido apadrinhado?
Larissa: Sim, entrei em 2019, fui apadrinhada e hoje sou madrinha de duas alunas. A experiência é incrível, desde a confraternização para escolha de padrinhos até o suporte que não acaba quando você vira veterano. Minha madrinha sempre me ajudou a escolher os melhores professores e matérias para a minha formação, além de todo auxílio durante a minha jornada de conseguir liberação para estágio junto à Politécnica.
Pedro: Meu depoimento é de quem não foi apadrinhado no primeiro período. Entrei em 2017 no curso e, por imaturidade e falta de conhecimento, faltei ao apadrinhamento, achando que seria somente mais uma festa de calouros e veteranos. Durante o primeiro ano sempre tive que correr atrás de veteranos diferentes para tentar conseguir informações ou dicas, às vezes com um clima meio constrangedor por falta de intimidade. Me sentia um pouco frustrado por ver meus amigos recebendo uma atenção especial e perceber que tinha perdido esse momento. Em 2018 conheci meu atual padrinho, que havia acabado de retornar de um intercâmbio na França. Até hoje gosto de conversar e montar as minhas grades com ele. Recebi total apoio ao aplicar para o meu atual estágio e percebo que ele sempre está preocupado para que eu não repita alguns mesmos erros que ele.
Em relação aos veteranos, quais têm sido as reivindicações?
Larissa: Principalmente sobre o período remoto e as dificuldades de relacionamento com professores.
Pedro: Muitos alunos ainda se queixam de modelos de provas muito restritos. As tradicionais provas escritas de duas horas não se encaixam bem nos modelos remotos, principalmente devido à instabilidade de conexão e energia comuns em nosso país. Apesar do feedback, alguns professores insistem nesse modelo, e as reclamações dos alunos são frequentes. Outra reclamação, de menor proporção, está relacionada a professores que não gravam ou permitem que gravem as suas aulas. Apesar de todos terem o direito de preservar a própria imagem, os alunos consideram que as aulas gravadas são um grande facilitador na rotina do ensino à distância.
A pandemia impôs o ensino remoto. O que acha que essa experiência diferenciada de estudo vai ou pode trazer para vocês como futuros profissionais?
Milena: Acho que o futuro tanto da educação quanto de alguns empregos será o modo on-line. Então, acredito que os períodos com aulas remotas irão agregar experiência caso isso ocorra. Estamos tendo que gerir melhor nosso tempo e prazos, organizar os estudos e lidar com imprevistos e problemas externos. Com certeza é uma pequena amostra do que podemos enfrentar mais pra frente.
Muito trabalho e novos projetos para os próximos meses?
Pedro: Atualmente a CAMM tem intermediado alguns casos de insatisfações de turmas com disciplinas e está preparando algumas atividades de integração para calouros e veteranos. Dentre nossos projetos, está retornarmos com nossos informes mensais, atualizando o corpo discente sobre as principais medidas tomadas no colegiado e ações em prática da confraria.
Milena: E a partir de novembro começaremos a nos organizar para realizar o processo eleitoral em dezembro.
Há quanto tempo estão na CAMM, qual foi a motivação para participarem e o que acham que a experiência vai conferir a formação de vocês?
Milena: Estou há dois anos e meio. Entrei pela vontade de ajudar a mudar coisas que eu achava erradas no curso ou professores e auxiliar os alunos com seus problemas. Com certeza ganhei experiência de lidar e trabalhar em grupo, gerir um grande número de pessoas e atender uma grande demanda. Além disso, a proximidade com a coordenação me ensinou muito sobre como me portar e comunicar com posições de autoridade.
Pedro: Também entrei no primeiro semestre de 2018. Fui convidado por um veterano meu, atualmente ex-membro da confraria. Na época, achei a proposta interessante e me orgulho bastante da minha trajetória. Sem dúvida, a confraria me ajudou a ganhar maturidade. Saber ouvir os outros, se posicionar no momento certo e com as palavras certas são habilidades muito importantes e que são úteis não só no ambiente acadêmico, mas em todas as áreas da vida. As habilidades de comunicação e resiliência em geral são bastante aperfeiçoadas durante a participação nesse tipo de projeto.
Larissa: Estou na CAMM há sete meses e entrei com a motivação de ajudar a tornar o departamento melhor para os alunos. Acredito que a experiência vai ampliar minhas habilidades em comunicação, negociação e trabalho em equipe.
Composição da CAMM:
Diretora Geral: Milena Gonçalves dos Santos
Vice-diretor Geral: Pedro Bomfim Ramos
Diretor de Finanças: Getúlio Cícero Santos
Diretor de Ensino: Jorge Lucas da Silva Freitas
Diretor de Comunicação: Luiz Felipe Faria Ricardo
Assessores de Finanças: Maria Paula Nascimento e Eduardo brum
Assessores de Ensino: Larissa Fonseca e lara Castro
Assessores de Comunicação: Kelen Barcelos e Amanda Gomes
Publicado em: 10/08/2021
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5º Encontro Fluminense de Estudantes de Engenharia (EFEEng)
O 5º Encontro Fluminense de Estudantes de Engenharia (EFEEng) acontece nos próximos dias 13, 14 e 21. Com o tema “A responsabilidade da engenharia no desenvolvimento de uma sociedade sustentável”, o evento on-line é realizado pelo Clube de Engenharia e voltado a estudantes de engenharia, de universidade pública ou privada, de qualquer região do Brasil.
A programação será aberta no dia 13, às 19h, pelo presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, e pelo coordenador da Secretaria de Apoio ao Estudante de Engenharia (SAE), Stelberto Soares, às 19h.
No dia 14 (sábado), haverá a palestra “Economia e Meio Ambiente”, com a professora da UENF, Gudelia Arica, às 9h, e “A Engenharia e a Segurança alimentar”, com o engenheiro agrônomo João Pedro Simões Magro, às 10h50.
À tarde, a programação inclui a participação da reitora da UFRJ, Denise Pires, com o tema “Investimentos nas Universidades Públicas: qual é o resultado na vida da sociedade?”, às 14h30, e da diretora da Politécnica-UFRJ, Cláudia Morgado, às 16h20, com o tema “A Engenharia como ponto de partida para o desenvolvimento”.
E no dia 21 (sábado), a programação começa com uma Roda de conversa, às 15h, seguida da sessão de encerramento às 17h. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas com antecedência, pois as vagas são limitadas. Para mais informações, acesse a página da SAE no Instagram: instagram.com/sae.clubedeengenharia e/ou http://portalclubedeengenharia.org.br
Publicado em: 10/08/2021
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Eduardo Pacheco Jordão
Um dos responsáveis pela implantação dos programas de mestrado e doutorado da Escola Politécnica e da Estação Experimental de Tratamento de Esgotos em área da própria UFRJ, o professor aposentado Eduardo Pacheco Jordão é um dos 19 novos membros titulares da Academia Nacional de Engenharia (ANE), que tomaram posse no fim de julho.
Fundada em 1991, a Academia Nacional ANE é uma academia de ciências que divulga e fomenta a produção científica no Brasil.A academia reúne um quadro de 200 engenheiros com grande vivência e sucesso na profissão, que podem agregar sua experiência a novos campos de ação, levando modernidade à prática e ao ensino da engenharia. E, segundo o professor Jordão, a Escola Politécnica faz parte deste cenário e cumpre um papel ímpar no aprimoramento e desenvolvimento da engenharia nacional.
“A Escola Politécnica possui enorme tradição, história, e registro de ações que beneficiam e impulsionam o desenvolvimento de nosso país. De um lado contribui fortemente na formação de nossos engenheiros, com várias especialidades e contínuo aperfeiçoamento. E é a partir desta própria formação de engenheiros, atualizados e desejosos de contribuir para o progresso e para o bem-estar de todos, que a engenharia brasileira se desenvolve, se fortifica, e se expande em benefício de nosso desenvolvimento”, comentou o professor.
O professor Jordão é formado em engenharia civil, com especialização em obras hidráulicas, pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil (atual Escola Politécnica). Aperfeiçoou-se em Engenharia Sanitária na University of Wisconsin, onde recebeu o grau de “Master of Science”. Em 1968 recebeu o grau de “Doutor em Engenharia” pela Universidade de São Paulo, com ênfase em Engenharia Hidráulica.
Especialista em tratamento de esgotos, ele também deseja dar ênfase a programas e projetos voltados para a engenharia ambiental, e para a maior formação de engenheiros neste campo.
Publicado em: 30/07/2021
Escola Politécnica da UFRJ
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Objetivo do contrato assinado ontem (29/7) é garantir o direito fundamental à água de abastecimento e a redução dos riscos decorrentes de inundações
O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, a presidente da Sanemar, Rita Rocha, e o professor Paulo Canedo Magalhães, em cerimônia de assinatura do contrato com a reitora da UFRJ, Denise Pires, e a diretora da Politécnica-UFRJ, Cláudia Morgado. Foto: Marcos Fabrício
A Escola Politécnica da UFRJ vai elaborar um estudo de segurança hídrica para o município de Maricá. O objetivo do projeto é dar suporte para garantir a eficiência municipal no exercício de sua competência relativa à prestação dos serviços de saneamento básico, em especial de abastecimento de água, minimizando, de forma emergencial, os impactos da estiagem no abastecimento de água para o município de Maricá e melhorando a operação das unidades de abastecimento existentes.
A assinatura do contrato entre a UFRJ e a Prefeitura de Maricá aconteceu ontem (29/7) no gabinete do prefeito Fabiano Horta, com a participação da presidente da Companhia de Saneamento de Maricá S.A. – Sanemar, Rita Rocha, e do professor Paulo Canedo Magalhães, um dos coordenadores do projeto. A reitora da UFRJ, Denise Pires, e a diretora da Escola Politécnica da UFRJ, Cláudia Morgado, participaram da cerimônia por videoconferência.
Na cerimônia, o prefeito e a presidente da Sanemar destacaram a importância da parceria com a Escola Politécnica da UFRJ para resolver um gargalo hídrico do município. “É um processo estruturante moroso, mas precisamos construir soluções no curto prazo. Esse é o desafio dessa parceria e uma oportunidade de aplicação do saber universitário. Ter a UFRJ gerando um saber sobre uma deficiência fundamental é uma satisfação e um compromisso de trabalho para solução de questões hídricas e sanitárias da cidade nos próximos três anos e meio”, disse o prefeito Fabiano Horta.
O professor Paulo Canedo Magalhães fez uma apresentação sobre o projeto e assinalou que será um desafio muito interessante. “Vamos adotar várias soluções, usar a imaginação para criar dispositivos não corriqueiros justamente para mitigar a escassez e as inundações no período entre o fim da vigência da CEDAE e a entrada em cena da EGEA, quando poderão ser feitos grandes investimentos”, explicou.
A elaboração do estudo para a Prefeitura de Maricá será desenvolvida em seis meses e vai envolver a atuação de cinco professores da Escola Politécnica da UFRJ (Marcelo Gomes Miguez e Paulo Canedo de Magalhães, coordenadores do estudo, Osvaldo Moura Rezende, Iene Christie Figueiredo e Virgílio Noronha Ribeiro da Cruz), de dois consultores externos, um pesquisador de pós-doutorado, dois doutorandos, um mestrando e dois estudantes da graduação da Politécnica-UFRJ. Vale destacar que as ferramentas de modelagem hidrológica e hidrodinâmica são todas de desenvolvimento dos professores da própria Escola Politécnica da UFRJ.
Publicado em: 08/07/2021
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A Confraria Acadêmica da Engenharia Mecânica (CAMec) foi criada em 2014. À frente desta representação estudantil desde outubro de 2019 está a chapa “Saindo da Inércia”, que tem uma estrutura horizontal, com quatro diretorias – Acadêmica, Comunicação, Eventos e Finanças e Institucional – e nove integrantes. Uma pesquisa regular de avaliação dos docentes pelos estudantes e um Programa de Apadrinhamento são iniciativas que se destacam na atuação do grupo. Nesta entrevista os integrantes falaram destes e outros temas.
A ‘Saindo da Inércia’ foi eleita em função de alguma bandeira específica? Juliana Braz: A principal bandeira da Confraria é melhorar a relação entre alunos e professores e dos alunos entre si, tornando o curso mais unido. A nossa proposta é de representar os alunos, defendendo as necessidades dos graduandos e agregando valor ao desenvolvimento do aluno, seja através da organização de capacitações ou elaborando eventos acadêmicos e de integração.
Com esse objetivo vocês fazem pesquisas para avaliar o corpo docente a cada dois períodos?
Juliana Dreyer: A Avaliação Docente é uma iniciativa que a CAMec adotou justamente por não ter um meio de avaliação desta forma mais específica na Poli. Não temos ciência de nenhuma confraria que faça o mesmo. De forma geral, tivemos respostas bem positivas aos feedbacks que demos aos professores, mas teremos ideia melhor de como está ocorrendo esta evolução depois de compilarmos os dados da última avaliação (2020.1 e 2020.2).
Nas redes sociais a CAMec incentiva os estudantes a darem Feedbacks positivos aos professores, quando é o caso. Por que essa campanha?
Sarah de Oliveira: A iniciativa Avaliação Docente busca aproximar os professores e alunos no quesito de adequação ao ensino. Muitas vezes a relação entre docentes e discentes se resume a sala de aula e avaliação, e entre as mais diversas questões que isso envolve. Percebemos que deve haver espaço para um diálogo construtivo. Principalmente agora no ensino remoto, no qual todos estamos vivendo com mudanças rotineiras e sob tempos difíceis, sugerimos sempre que haja um olhar empático de todos os envolvidos. Vemos professores muito bons se esforçando para dar uma aula de qualidade, apesar das circunstâncias, e isso deve ser reconhecido, bem como críticas que visem ajudar aos outros que ainda estão modificando suas didáticas ao longo dos períodos. Queremos passar a mensagem da unicidade de objetivos: um ensino de qualidade. Logo, todos somos parte desse caminho e devemos construí-lo juntos.
Como tem sido o trabalho da CAMec durante a pandemia?
Sarah de Oliveira: A confraria tem recebido muita demanda no sentido acadêmico, devido às mudanças nas esferas de processos administrativos, comunicação com professores e coordenação, e outras coisas que anteriormente eram facilmente resolvidas indo até a secretaria de graduação, mas nos propomos também a promover eventos de interesse do corpo estudantil, como a visita técnica à COMGÁS, por exemplo, e outras pequenas interações entre alunos no início da pandemia. Também demos continuidade a algumas ideias, como o programa de mentoria, o apoio e orientação aos estudantes vindos de transferências.
Vocês identificam algum aspecto positivo nesse período pandêmico?
Juliana de Oliveira: Algumas práticas e recursos do EAD, como reuniões on-line e plataformas de organização, se mostraram muito eficientes e com certeza seguiremos com essas práticas mesmo após as aulas presenciais voltarem. Por outro lado, a integração e o engajamento entre os alunos se mostraram desafiadores. Pois, a troca que o contato humano promove é muito importante nesse trabalho e sem ele fica difícil receber feedbacks.
Vocês têm conseguido dar apoio especial aos calouros?
Felipe Santana: Sim, temos o Programa de Apadrinhamento que os inclui como apadrinhados, temos também o manual do estudante da CAMec, uma recepção aos calouros, que tem ocorrido de forma virtual, e uma apresentação na aula de Introdução à Engenharia Mecânica.
Como funciona o Programa de Apadrinhamento? Existe há muito tempo? Monizi Couto: O Apadrinhamento tem como objetivo direcionar e auxiliar graduandos, calouros ou não, na trilha da faculdade, assim como estimular a união do corpo discente. Há uma seleção de mentores dentre os alunos atuais e formados do curso e formamos pares mentor-mentorado para tirar dúvidas sobre a graduação, mercado de trabalho, oportunidades e tudo mais. Nossa primeira edição foi em julho de 2020, englobando os calouros de 2020.1 e 2020.2.
Há alguma questão específica dos alunos da Mecânica em relação ao ensino remoto? Juliana Calazans: A dificuldade de conexão e estrutura tecnológica, tanto dos alunos como dos professores, é um dos principais problemas, assim como o elevado volume de matéria e trabalho em algumas disciplinas para um período mais curto. Também temos o ambiente de estudo, que foi afetado drasticamente, piorando as condições de realização dessa atividade, e a relação aluno professor ficou mais distante e menos frequente.
Como é a relação com a coordenação, departamento e direção da Escola Politécnica?
Yuri Paes: Muito boa, a CAMec possui um espaço aberto de diálogo com os coordenadores e professores da Mecânica, assim como com a direção da Escola Politécnica. Em geral, mantemos um contato mais frequente com todo o Departamento de Engenharia Mecânica, que nos ajuda em nossas iniciativas.
Quais a principal pauta da CAMec para o retorno presencial?
Juliana de Oliveira: Lutamos por mais espaço físico no departamento, como uma sala própria e uma sala de estudos que comporte um número maior de alunos. Nesse período distante da faculdade, ficamos impossibilitados de executarmos ativamente ações para essas reivindicações. Contudo, retomaremos em consonância com o regresso às aulas presenciais.
Quando será a próxima eleição?
Renato de Oliveira: Quando as aulas voltarem presencialmente, tendo em vista a dificuldade de gerir uma votação à distância. No entanto, não excluímos a possibilidade de fazer uma votação virtual a partir de um sistema seguro caso seja necessário. Recentemente, tivemos a eleição para coordenador da Mecânica através de um sistema virtual, da UFRJ, muito bem feito, talvez seja uma boa alternativa para a nossa confraria.
Vocês dois estão no 5º período e, dos membros atuais, são os que estão há mais tempo na equipe, quase dois anos. O que os motivou a entrar para a confraria e qual o saldo dessa experiência?
Juliana Dreyer: Buscar maior interação entre os alunos para nos ajudarmos a termos um caminho mais simples pela graduação, compartilhando problemas e soluções. O maior presente que a CAMec me deu até hoje foi networking com grandes alunos e futuros companheiros de profissão, além de amizades sinceras.
Renato de Oliveira: A necessidade de conhecer mais pessoas da Mecânica, a vontade de ajudar outras a partir das minhas experiências, e o desejo de criar um impacto positivo no curso foram as motivações. Durante esse tempo, me foram apresentadas inúmeras oportunidades direta ou indiretamente por causa da CAMec, seja dentro ou fora da UFRJ. No entanto, o que mais contribuiu para a minha formação foi a quantidade de pessoas incríveis que eu conheci e amizades que eu pude fazer. Sem dúvidas, a convivência com essas pessoas contribui para minha formação tanto pessoal, como profissional.
Composição da chapa “Saindo da Inércia”:
Diretoria Acadêmica:Juliana Calazans e Sarah de Oliveira
Diretoria de Comunicação: Juliana Dreyer, Yuri Paes e Monizi Couto
Diretoria de Eventos e Finanças: Juliana de Oliveira e Felipe Santana
Diretoria Institucional: Renato de Oliveira e Juliana Braz