Minervas Rockets e Sats desenvolvem melhor projeto de engenharia da Spaceport America Cup

Publicado em: 18/07/2023 Escola Politécnica da UFRJ
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As equipes de competição da Escola Politécnica da UFRJ Minervas Rockets e Sats alcançaram a terceira colocação entre as mais de 150 equipes que participaram da Spaceport America Cup – maior competição de foguetes e satélites do mundo, que aconteceu entre os dias 11 e 27 de junho, no Novo México. Atrás apenas das universidades americanas de Cornell e de Maryland, a equipe brasileira também foi avaliada com o melhor projeto de engenharia e conquistou a maior pontuação na categoria. Esta foi a segunda participação da equipe, que ficou em 4º lugar em 2021.

Além de alunos da Engenharia da UFRJ, a equipe é composta por alunos da Física, Química, Biomedicina, Economia, Nanotecnologia, Astronomia, Jornalismo, Biblioteconomia, Defesa e Gestão Estratégica, Direito e do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza.

Coordenadas pelos professores Otto Rotuno Correa Filho e Alexandre Landesman, e com apoio também do Instituto Reditus e Faperj, as equipes levaram para o Novo México, o foguete Aurora, de três metros e 10 cm, com motor de combustível sólido, e o nanossatélite de Experimentos Astrobiológicos (MicrobioSat) – para competir no desafio Payload Challenge, onde os nanossatélites inscritos competiram como melhor projeto de Carga Paga, ou seja, carga que é transportada no foguete.

A competição teve seis categorias para foguetes: duas de combustível sólido para foguetes com motor COTS (comerciais, ou seja, já compra pronto), sendo uma de apogeu 3 km e outra de 10 km; duas de foguetes de combustível sólido SRAD (Student Research and Devoleped), ou seja, desenvolvido pela equipe), uma de apogeu 3 km e uma de 10 km; e duas de foguetes de combustível líquido ou híbrido SRAD, sendo uma de 3 km e outra de 10 km.

O protótipo possuía recuperação em dois estágios, isto é, com a abertura de um paraquedas para frear o foguete e, após isso, um paraquedas maior e principal para ele descer de forma lenta e chegar inteiro e seguro à terra. Também contou com eletrônica embarcada, desenvolvida pelo time, onde conseguiram monitorar diversos dados em tempo real do voo. “A equipe recebeu nota máxima em Recovery, o que significa que o foguete foi lançado e recuperado sem sofrer danos em seus módulos ou estrutura. Essa conquista foi muito elogiada pelos juízes da competição”, celebrou a presidente da Rockets, Julia Siqueira.

Segundo ela, universidades do mundo inteiro e grandes empresas do setor como a SpaceX estiveram presentes. “Foi uma grande oportunidade para absorver o máximo de conhecimento, tanto da competição quanto de outros projetos para aplicarmos em nossos laboratórios. Embora a equipe não tenha levado o troféu para casa, a sensação de vitória é plenamente justificada. O foguete Aurora foi o melhor em sua categoria, alcançando uma pontuação impressionante de 1036,4 pontos e apresentando uma precisão de voo de 97%”, avaliou.