Aluno da Politécnica-UFRJ vence Olimpíadas Nucleares Brasileiras

Publicado em: 22/11/2023 Escola Politécnica da UFRJ
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O aluno João Victor Alegrio da Escola Politécnica da UFRJ conquistou o hackapower do setor nuclear, a última etapa das Olimpíadas Nucleares Brasileiras (ONB), realizada pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN). Ele fez parte do grupo Amaná, que reuniu também estudantes da Coppe/UFRJ, do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Militar de Engenharia (IME). A cerimônia de premiação aconteceu no dia 7 de novembro, em Brasília, durante o evento Nuclear Legacy.

De acordo com o aluno, que está no oitavo período do curso de Engenharia Nuclear, as olimpíadas tiveram mais de uma etapa e em cada fase uma competência passava a ser exigida dos participantes, assim como um nível de conhecimento técnico e um engajamento do estudante na área nuclear:

– Inicialmente, cada participante precisou fazer um vídeo respondendo uma pergunta. Em seguida, tivemos que acompanhar palestras sobre o setor nuclear e por último montamos um Sandbox Net-zero que utilizasse um SMR. Basicamente, fizemos um projeto que não adicionava gases de efeito estufa na atmosfera. Me senti muito feliz com a conquista e também aliviado ao ver que quatro meses de trabalho valeram a pena.

Com o projeto intitulado “Complexo de Energia Limpa: Inovação Nuclear com o uso de SMR para produção de combustíveis sintéticos utilizando água salobra e CO2 da atmosfera”, o grupo alcançou a melhor avaliação para os jurados. A proposta apresentada por eles foi de um complexo localizado no Nordeste, onde um SMR (Small Modular Reactors) alimentava uma planta de produção de hidrogênio, utilizando água salobra, uma planta de captura de carbono da atmosfera e uma planta que utiliza o hidrogênio e o carbono gerados para criar diesel sintético. Com esse conjunto de plantas, o diesel produzido não adiciona carbono à atmosfera, pois utiliza o carbono que já estava presente, fazendo assim um diesel “limpo”.

Coordenadora do curso de Engenharia Nuclear da Escola Politécnica, Andressa Nicolau, celebrou o desempenho e a conquista do aluno:

– Ter o prazer de ver alunos conquistando espaço e ganhando premiações como essa, não tem preço. Vejo como mérito dele que rompeu as barreiras da universidade e teve a coragem, não só de participar de um evento como esse, mas também de vencer. Isso mostra o quanto nossos alunos são capazes e o quanto a UFRJ é excelente no ensino, pesquisa e extensão. Que os demais alunos sigam o caminho do João e de outros alunos da nuclear que já ganharam diversas competições.

Além do reconhecimento, o grupo vencedor fará uma visita em uma instalação do ciclo do combustível nuclear e terá o projeto detalhado publicado na próxima edição da revista da ABDAN.