Prêmio nacional é concedido a aluno da Escola Politécnica por trabalho sobre diagnóstico de falhas em sistemas modulares

Publicado em: 24/09/2025 Escola Politécnica da UFRJ
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Como saber se uma falha aconteceu em um sistema mesmo quando não há sinais evidentes? Essa foi a pergunta que guiou o trabalho de Pedro Nunes Pereira, aluno do curso de Engenharia de Controle e Automação da Escola Politécnica da UFRJ. A pesquisa apresentada durante o XVII Simpósio Brasileiro de Automação Inteligente (SBAI 2025), entre os dias 29 de julho e 1º de agosto, em São João del-Rei (MG), propõe métodos para diagnosticar falhas que podem ocorrer repetidamente em sistemas modulares — estruturas compostas por partes independentes, mas interligadas, como máquinas industriais que operam de forma autônoma, porém conectadas.

De maneira simplificada, o projeto analisa sistemas que mudam de estado a partir de eventos específicos — como uma porta que passa de aberta a fechada, ou uma fila em que os estados mudam com a chegada e o atendimento de clientes. O objetivo é identificar, com base apenas nas informações disponíveis, se uma falha ocorreu, mesmo quando ela se repete ao longo do tempo. A proposta combina conceitos de automação, diagnóstico e modelagem para lidar com situações em que o comportamento do sistema nem sempre é totalmente observável.

Do lado esquerdo, Pedro Nunes Pereira, aluno do curso de Engenharia de Controle e Automação da Escola Politécnica da UFRJ.

O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Controle e Automação (LCA), com orientação do professor João Basílio. Pedro ingressou no grupo no fim de 2023, inicialmente como bolsista de iniciação científica, e atualmente realiza estágio interno no laboratório. “Fiquei empolgado com a possibilidade de ganhar o prêmio, mas minha maior preocupação era a viagem, porque foi a primeira vez que apresentei um artigo fora do Rio. Quando percebi que tinha ganhado, foi um misto de incredulidade e empolgação”, relembra.

Pedro conquistou o primeiro lugar na categoria Graduação. Outro integrante do LCA, Diego Libânio, foi premiado com o terceiro lugar na categoria Doutorado. A seleção dos trabalhos levou em conta critérios como originalidade e relevância para a área. A premiação incluiu uma placa comemorativa e um livro técnico.