O curso de Engenharia de Petróleo da Escola Politécnica da UFRJ recebeu conceito máximo (5) no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), avaliação realizada pelo Ministério da Educação que permite conhecer a qualidade dos cursos e instituições de educação superior brasileiras. A nota 5 no Enade indica um desempenho excelente dos alunos em relação ao curso de graduação e poucos cursos conseguem atingi-la.
Criado em 2004, o curso de Engenharia de Petróleo da UFRJ surgiu como resultado da consolidação da experiência acumulada da UFRJ no setor de óleo e gás, atuando ativamente na formação de recursos humanos, no desenvolvimento de pesquisas e de novas tecnologias, assim como na transferência destas ao setor industrial. Sua característica marcante, a multidisciplinaridade, favorece interações com diversas áreas como a geologia, geofísica, química, engenharia química, tecnologia offshore e controle e automação. O curso começou com a entrada de 25 alunos e hoje em dia conta com a entrada de 40 alunos por ano.
O coordenador do curso de Engenharia de Petróleo, o professor Rafael Charin, reforça a importância desse reconhecimento:
– Esse conceito mostra a excelência do nosso curso. É um curso relativamente novo, que formou a primeira turma em 2009 e já têm ex-alunos chegando a cargos de gerência e muita aceitação por parte do mercado. Mal saem do ciclo básico e nossos alunos já têm ofertas de estágio. Esse reconhecimento é algo muito importante, além de vir da indústria, ele agora é reforçado por esse índice de excelência do MEC. Esse número cinco mostra que nossos alunos realmente são extremamente qualificados, além de ser muito importante para a autoestima de todos os envolvidos e reforçar a Escola Politécnica como referência na formação de engenheiros para o país.
Inicialmente marcada para 2024, a avaliação foi a primeira a ser realizada de forma virtual na Escola Politécnica. Charin comenta as etapas percorridas, que servirão de base de preparação para visitas futuras:
– Tivemos alguns problemas de greve no ano passado, então não conseguimos fazer a visita. Neste ano, apesar de cansativa, a visita foi muito tranquila, os avaliadores estavam bem dispostos a efetivamente ver a realidade do curso e entender o curso. A partir disso tivemos tranquilidade em conduzir a avaliação, que foi realizada de forma remota. Conseguimos mostrar todos os softwares que nossos alunos têm disponíveis, sendo eles o cerne do trabalho do Engenheiro de Petróleo. Mostramos nosso projeto multidisciplinar, que é um diferencial total do nosso curso. Nosso aluno para ser formado não precisa entregar somente o trabalho de conclusão de curso, mas também fazer um trabalho em equipe, desenvolvendo um campo de petróleo como se ele fosse uma operadora de petróleo. Mostramos nossos títulos mundiais, nossos laboratórios de ponta, enfim, toda a nossa estrutura.