Realizado na manhã desta quinta-feira (17/10), no auditório do IBMEC da Barra da Tijuca, o 1º Simpósio das Instituições de Ensino Superior de Engenharia, Agronomia e Geociências contou com a participação da diretora da Escola Politécnica da UFRJ, Cláudia Morgado, além de diversos especialistas e profissionais da Educação, que reforçaram a importância da formação acadêmica na construção de uma sociedade mais justa e inovadora.
O evento começou com o credenciamento às 8h, seguido pela mesa de abertura, que teve a presença do reitor do IBMEC, Samuel Barros; da presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), Adriana Tonini; do vice-presidente do Crea-RJ, Alberto Balassiano; da coordenadora da Comissão de Educação do Crea-RJ, Gisele Saleiro; do conselheiro federal e membro da Comissão de Educação e Aperfeiçoamento Profissional do Confea, Luiz Lucchesi; além da diretora da Escola Politécnica, Cláudia Morgado.
Desde 2019, mudanças significativas têm acontecido na formação e também na avaliação dos cursos de Engenharia do nosso país, com ênfase na curricularização da extensão e na adaptação de ambientes de aprendizagem. Contudo, os desafios relacionados à infraestrutura e à falta de recursos financeiros ainda comprometem o acolhimento adequado dos estudantes, especialmente aqueles que apresentam hipossuficiência econômica.
Em sua declaração, Cláudia Morgado, afirmou: “A infraestrutura atual não comporta as novas metodologias ativas e isso não se cria da noite para o dia. O aluno, especialmente aquele que vem de contexto de hipossuficiência econômica, precisa mais do que qualquer outro de ambientes de acesso a equipamentos, laboratórios práticos e de informática para que tenha uma igualdade de condições frente aos outros alunos, que possam ter aporte familiar. Somente assim será possível atingir essas metas de crescimento de formação de engenheiros inovadores e empreendedores, e que se desdobre em desenvolvimento regional e nacional”.
Já a presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), Adriana Tonini, abordou a formação do engenheiro e a curricularização da extensão, destacando a necessidade de integrar as atividades acadêmicas ao cotidiano da sociedade. “Está colocado, de acordo com a resolução de 2018, de que 10% da carga horária total do curso de Engenharia seja voltado para a extensão, e tem que ser assim mesmo. O engenheiro atende as demandas da sociedade e se ele não trabalhar próximo a ela, que demanda que ele vai atender em áreas como mobilidade, infraestrutura e transporte. A extensão vem justamente para mostrar isso a ele e fazê-lo pensar soluções viáveis para melhorar toda a qualidade de vida da nossa sociedade, da nossa população”, disse Adriana Tonini.
Ao longo do evento, também foram feitas apresentações sobre a importância da inclusão e do empoderamento feminino na engenharia; a participação de jovens profissionais no setor; os desafios da Engenharia na era da inteligência artificial; os princípios de ESG e a importância da sustentabilidade nas Engenharias; e as soft skills mais requisitadas pelo profissional do futuro.